7.12.05

Boletim Informativo Confiantes no Futuro

Ano I Número 1
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL cnpj 06.144.798/0001-21
confiantesnofuturo@hotmail.com
Fone: 83- 32247633

EDITORIAL
Estamos dando início à publicação do nosso primeiro Boletim Informativo, que visa manter um contato com os componentes do grupo e ser veículo de suas informações, conquistas e dificuldades. Deverá representar também um meio de comunicação com pessoas não portadoras de hepatite ou que não tenham sido submetidas a transplante hepático. É importante que se torne também uma forma de esclarecimento e de facilitação para aqueles que têm dúvidas sobre estas condições, bem como para familiares e amigos dos portadores de Hepatite B, C ou transplantados hepáticos.
Estaremos em breve criando um sítio ou site do grupo na INTERNET, onde aqueles que têm acesso a um computador poderão fazer suas consultas e navegar por outros sites dedicados especificamente a esta causa. De início estamos com um endereço de correio eletrônico (E-mail) que é o confiantesnofuturo@hotmail.com, e que servirá para a comunicação entre aqueles que têm como utilizar a Internet.
Este Boletim também tem o objetivo de tornarmos públicos os obstáculos encontrados quanto a correta execução das políticas de saúde quer a nível municipal , estadual ou federal. Sabemos da importância de estarmos sempre atentos e unidos, pois como já se afirmou: “ O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA” e no nosso caso A GARANTIA DE NOSSAS CONQUISTAS SERÁ A NOSSA PERMANENTE UNIÃO EM TORNO DESTA CAUSA . Só assim garantiremos uma assistência digna à nossa saúde, onde vale dizer:
1) DIREITO GARANTIDO E FACILITADO AOS TESTES PARA HEPATITE B & C NOS CASOS SUSPEITOS OU DE RISCO.
2) CAMPANHAS DE DIVULGAÇÃO AMPLAS DESTAS DOENÇAS QUE DIZIMAM MILHARES DE PESSOAS NO BRASIL E NO MUNDO. TEMOS QUE TIRAR DO SILÊNCIO A DOENÇA!!! E A ÚNICA ARMA É A TESTAGEM DOS SUSPEITOS DE A TEREM CONTRAIDO, PARA QUE POSSAM SER TRATADOS EM TEMPO OPORTUNO.
3) CAMPANHAS DE PREVENÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO E OS SETORES QUE PODEM DISSEMINAR A DOENÇA ATRAVÉS DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS OU NÃO, QUE FACILITEM A SUA DISSEMINAÇÃO: usuários de droga inalável ou injetável, profissionais do sexo, sexo não seguro e sem uso de preservativo, agulhas de acupuntura não descartáveis, piercings, tatuagens, compartilhamento de seringas, e de materias cirúrgicos inadequadamente esterilizados, uso de alicates, tesouras e curetas de manicure entre outros.
4) ASSEGURAR O ATENDIMENTO POR MEDICOS QUE TENHAM CONHECIMENTO DE COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR AS HEPATITES.
5) ASSEGURAR A REALIZAÇÃO SEM BUROCRACIA DOS EXAMES DE BIOLOGIA MOLECULAR COMO: RNA QUALITATIVO, QUANTITATIVO E GENOTIPAGEM NO CASO DO VIRUS C. DNA QUANTITATIVO E QUALITATIVO NO CASO DO VIRUS B.
6) ASSEGURAR A REALIZAÇÃO DOS EXAMES DE SOROLOGIA COMO ANTI HCV PARA HEPATITE C. EXAMES COMO AgHBs, Anti HBs, AgHBE, AntiHBe, Anti-HBcIgM, AntiHBcIgG PARA A HEPATITE B.
7) ASSEGURAR A BIÓPSIA HEPÁTICA EXECUTADA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, E O ESTUDO DO FRAGMENTO DO FÍGADO (HISTOPATOLOGIA) POR PATOLOGISTAS TREINADOS EM PATOLOGIA HEPATICA.
8) ASSEGURAR OS EXAMES BIOQUÍMICOS, HEMATOLÓGI-COS, ULTRASSONOGRÁFICOS, TOMOGRÁFICOS QUANDO FOREM NECESSÁRIOS PARA OS CUIDADOS DO DOENTE HEPÁTICO EM QUALQUER FASE DE SUA DOENÇA.
9) ASSEGURAR O TRATAMENTO ADEQUADO COM MEDICAÇÕES ESPECÍFICAS, E A GARANTIA DE SUA CONTINUIDADE.
10) ASSEGURAR TODAS AS MEDICAÇÕES DE SUPORTE PRESCRITAS PELOS MEDICOS ASSISTENTES DO PACIENTE QUANDO DO SEU TRATA-MENTO.
11) ASSEGURAR A TRANSPARÊNCIA E A ÉTICA DAS LISTAS DE TRANSPLANTE, PUBLI CANDO OS CRITÉRIOS ADOTADOS PARA INCLUSÃO, DIVULGANDO A POSIÇÃO NA LISTA DE ESPERA AOS INTERESSADOS, PROPICIANDO ACESSO FÁCIL E IMEDIATO À CONSULTA ÀS LISTAS DE ESPERA DE ÓGÃOS.
12) ASSEGURAR A CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA PARA HEPATITES NO HOSPITAL UNIVERSITARIO LAURO WANDERLEY EM JOÃO PESSOA, COM PARTICIPAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.
13) ASSEGURAR QUE AS CONQUISTAS DA MEDICINA POSSAM SER APLICADAS À POPULAÇÃO ENVOLVIDA.
14) ASSEGURAR UMA POLÍTICA DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS EFICAZ E HUMANA, COM AMPLA DIVULGAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO.
Por estas razões, é que encontramos no trabalho solidário a saída adequada para que não fiquemos apenas esperando as coisas acontecerem.
“Precisamos ser a transformação que nós queremos no mundo”.
·
Prevista pela portaria 2080 de 31/10/03 que criou o Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), foi finalmente criado o Comitê Técnico de Acompanhamento Epidemiológico, Prevenção, Controle e Assistência das Hepatites Virais no âmbito do Estado da Paraíba.

· O Comitê teve a sua 1ª reunião na semana passada.

· Representando a nossa ONG na qualidade de membro para um mandato de 2 anos a nossa companheira Clarice Rocha Pires de Sá.
Leia na íntegra a portaria nesta edição.



PORTARIA QUE CRIA COMITÊ DE HEPATITES
Saúde Portaria N 424 / GS João Pessoa, 15 de setembro de 2005.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, ao uso das atribuições que lhe são conferidas, em em cumprimento à Portaria n 2080/GM de 31 de outubro de 2003, que institui o Programa Nacional par a Prevenção e Controle das hepatites Virais, o Comitê Técnico de Acompanhamento Epidemiológico, Prevenção, Controle e Assistência das Hepatites Virais no âmbito do Estado da Paraíba.
RESOLVE
Art. 1º – Designar os técnicos abaixo relacionados para compor o Comitê de Coordenação e Acompanhamento Epidemiológico, Prevenção, Controle e Assistência das Hepatites Virais, ao âmbito do Estado da Paraíba.
- JOSÉ RODRIGUES LOPES Coordenador de Serviços de Saúde – PRESIDENTE DO COMITÊ.
- ANA MARIA CAVALCANTI representante da Coordenação de Vigilância Epidemiológica - Membro
- RAUL DA CÂMARA COSTA FILHO, Diretor Geral do Complexo Hospitalar Clementino Fraga - Membro
- MARCELO LIA FOOK, Diretor do Laboratório Central LACEN Membro

- ROMILDA TELINO DE ABREU FERNANDES representante do Hospital Universitário Lauro Wanderley - Membro
- LUCIANA HOLMES SIMÕES representante da Sociedade de Infectologia -Membro
- WALDIR PEDROSA DIAS AMORIM representante da Associação Médica da Paraíba- Membro
- CLARICE ROCHA PIRES DE SÁ representante da Organização Não Governamental “Confiantes no Futuro”- Membro
- Art. 2º. Ao Comitê de Coordenação e Acompanhamento Epidemiológico. Prevenção, Controle e Assistência das Hepatites Virais compete:
a) realizar acompanhamento epidemiológico, prevenção e controle e assistência das Hepatites Virais;
b) organizar a Rede Estadual de Assistência aos Portadores de Hepatites Virais, identificando os serviços em seus níveis de complexidade;
c) estabelecer fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de forma a garantir a assistência integral;
d) cadastrar os Centros de Referência em Assistência aos portadores de Hepatites Virais;
e) Implementar ações de vigilância epidemiológica sanitária, quando necessário;
f) Desenvolver planos e programas de treinamento de pessoas nas diversas áreas do atendimento;
g) Articular com os gestores estaduais as eventuais referências interestaduais que não possam ser atendidas no âmbito da Paraíba;
h) Assessorar os municípios no processo de implantação do Programa de Prevenção e Controle das Hepatites Virais;
i) Monitorar e desempenho do Programa na Paraíba;
j) Manter atualizado o banco de dados;
Art. 3º. – Os membros do Comitê terão um mandato de 02( dois) anos;
Art. 4º. – Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

REGINALDO TAVARES DE ALBUQUERQUE
Secretário de Estado da Saúde
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MEMBROS DA DIRETORIA BIÊNIO 2005-2007

Presidente: Waldir Pedrosa Amorim
Vice presidente: Yara Fontes Guimarães
Tesoureiro: Carlos Fernades Pires de Sousa
Primeira secretária: Maria José de Sousa Araújo
Segunda secretária : Francisca Alexandre de Lima
CONSELHO FISCAL
Titulares : José Reginaldo de Moura, Domingos Maciel Neto, Geraldo Clemente Galvão
Suplentes: Ailton Lucena de Assis, Maria Clarice Rocha Pires Sá, Arnaldo Gomes de Vasconcelos

Procure Ficar Bem Informado
Hepatite C
Que possibilidades tenho de estar contaminado ?

Muitas pessoas contaminadas há muito tempo podem não sentir sintomas de nenhum tipo. Se você suspeitar de alguma possibilidade de ter sofrido contágio, consulte o seu médico e faça um exame de sangue chamado de Anti-HCV. O sintoma mais comum na maioria dos infectados é a fadiga.

Aparelhos de barbear e os de manicure ou pedicure são perigosos ?
É possível que escovas de dente, navalhas, cortadores de unha, pinças e artigos de uso pessoal semelhantes possam contaminar, se tiveram entrado em contato com sangue infectado. Assim, não é recomendado compartilhar estes artigos . Assim como cada pessoa tem a sua escova de dentes, é muito importante que tenha os seus próprios aparelhos de manicure e que não os compartilhe com ninguém.
Como acontece o contágio nos usuários de drogas
O vírus da hepatite C é altamente resistente, tanto que não é eliminado pela acidez das drogas, permanecendo ativo por muito tempo. O vírus foi encontrado em recipientes usados por drogados em heroína, que apesar de não compartilharem as seringas, fazem uso da mesma colher para esquentar a droga ¾ e é este objeto, então, que transmite o vírus. Entre os usuários de cocaína injetável, o vírus foi encontrado na água destilada usada para lavar as seringas, muita vezes compartilhadas, apesar de cada usuário ter sua própria seringa.
Dois terços dos novos contaminados pela hepatite C são usuários de drogas. Entre os usuários de drogas injetáveis, logo no primeiro ano de uso, 79% deles se contaminam com a hepatite C. No caso de drogas inaladas, em que é comum a utilização do mesmo canudo, a acidez da cocaína não mata o vírus da hepatite C e, como geralmente existem feridas nas narinas, a contaminação é altamente provável.
Pacientes de maior risco, e que devem realizar o teste :
? usuários de drogas injetáveis, inclusive aqueles que o fizeram só uma vez em qualquer época da vida;
? pessoas que receberam fatores sanguíneos antes de 1993;
? pessoas que receberam transfusão de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993;
? pessoas em hemodiálise;
? pessoas que apresentem dois resultados de transaminases anormais, ou que apresentem qualquer outra evidência de dano hepático;
? profissionais da área da saúde após acidente biológico ou exposição percutânea ou nas mucosas com sangue contaminado;
? filhos de mães contaminadas;
? HIV positivos.

O teste deve ser considerado ou avaliado nos grupos de risco indefinido:

? pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou histórico de doenças sexualmente transmissíveis;
? parceiros sexuais, por longo tempo, de infectados
com hepatite C;
? usuários de cocaína inalada;
? pessoas com tatuagens ou piercings no corpo
(brincos ou piercings no lóbulo da orelha não é
considerado risco);
? transplantados que receberam tecidos, como córneas, pele, esperma ou óvulos.
Transcrito do Grupo Otimismo: http://www.hepato.com

REUNIÕES MENSAIS DO GRUPO CONFIANTES NO FUTURO
1ª terça de cada mês das 19 às 20:30 horas
Auditório D. Helder Câmara
Rua Silvio Almeida 620, Espedicionários João Pessoa PB.
TELEFONE PARA CONTATO COM O GRUPO 83- 32247633

6.12.05

Exerça Sua Cidadania


FALE COM OS PARLAMENTARES
RECLAME E DENUNCIE SE ALGO ESTÁ FALTANDO NO SEU MUNICÍPIO OU ESTADO

Senadores : http://www.senado.gov.br/sf/

Dep.Federais: http://www2.camara.gov.br/

Gabinete do Ministo da Saude: gabmin@saude.gov.br

Portal do Ministério da Saude: http://portal.saude.gov.br/saude/

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http://confiantes-no-futuro.blogspot.com/

O PAPEL DOS GRUPOS DE APOIO

Os portadores de patologias que se reúnem em associações de apoio aprendem a lidar melhor com suas doenças, a trocar experiências e, de quebra, ainda exercitam a cidadania.

A vida de Marylandes e Samuel Grossman começou a dar uma guinada em 1980, quando ela passou a apresentar os primeiros sintomas de uma doença até então pouco conhecida, inclusive pelos médicos. O diagnóstico da doença de Parkinson veio só em 1985 Marylandes tinha apenas 42 anos. Foi um drama muito sério, eu atravessava dificuldades profissionais e ela chegou a ter idéias suicidas, conta o marido, então o médico que diagnosticou a doença recomendou que nós formássemos um grupo de dança, porque isso evitaria sua progressão rápida. O casal avançou alguns passos: no mesmo ano, fundou a Associação Brasil Parkinson. Vinte anos depois, as atividades da associação incluem fisioterapia, fonoaudiologia, oficina de pintura, coral, apoio psicológico, entre outras disponíveis aos seus mais de três mil associados. A Brasil Parkinson é um dos maiores exemplos de organização não-governamental de apoio a portadores de patologias, sendo duas vezes vencedora do Prêmio Bem Eficiente (2002 e 2005).
O Parkinson faz a pessoa se retirar do convívio social, por constrangimento, vergonha, explica Samuel Grossmann, que preside a Brasil Parkinson. Na verdade, várias outras doenças crônicas fazem o mesmo. O isolamento social e o sofrimento psicológico se somam aos problemas já inerentes à própria doença, não raro agravando-a, como foi o caso de Silvia Galli, 50, quando conheceu a Associação Brasileira de Estudos e Apoio aos Pacientes com Psoríase (ABEAAP). Eu me negava a me tratar, estava em crise e vivia isolada, diz Silvia, que há um ano freqüenta a ABEAPP. O grupo de apoio nos faz ver que não somos os únicos, que podemos lutar por nossos direitos e nos torna menos ingênuos em relação às falsas promessas de tratamento, diz Silvia. Segundo a psicóloga Deborah Martinez Griebler, que fundou a ABEAPP em 2003 e cujo marido tem psoríase, o paciente chega à associação quase sempre confuso, depois de ter passado por vários médicos, é vítima do preconceito por causa das lesões na pele, abusa da automedicação e está sempre em busca da cura que não existe. Adotamos uma ação psico-educativa, para que os pacientes saibam o que têm e aprendam a controlar a doença, diz ela.

Fonte: EDIÇÃO NOVEMBRO/DEZEMBRO DA REVISTA DIÁLOGO MÉDICO http://www.dialogomedico.com.br