5.7.07

Um exemplo de Protocolo elaborado pelo vizinho estado de Pernambuco.

COMO EXEMPLO TRANSCREVEMOS A SEGUIR UM PROTOCOLO DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO CUJOS DADOS NOS FORAM REPASSADOS NO ANO DE 2005

Publicaremos outros.

I- PRINCÍPIOS GERAIS


AS HEPATITES CRÔNICAS SÃO DOENÇAS, EM GERAL ASSINTOMÁTICAS, DE EVOLUÇÃO VARIÁVEL, POTENCIALMENTE GRAVE, PODENDO LEVAR A CIRROSE DESCOMPENSADA, COM CONSEQUENTE GRANDE CONSUMO DE RECURSOS COM HOSPITALIZAÇÕES, TRATAMENTOS COMPLEXOS, INCLUINDO O TRANSPLANTE DE FÍGADO ALÉM DE PODER LEVAR À MORTE. OS OBJETIVOS DO PRESENTE PROGRAMA É PROPORCIONAR À POPULAÇÃO DE PERNANBUCO: ORIENTAÇÃO ADEQUADA, DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO CORRETA DE CADA CASO E TERAPÊUTICA QUANDO INDICADA EM ACORDO COM O ESTADO ATUAL DE MEDICINA E SEGUINDO OS PRINCÍPIOS FINANCEIROS DE UMA ADEQUADO RELAÇÃO BENEFÍCIO/ CUSTO. II- DIAGNÓSTICO E ORIENTAÇÃO O DIAGNÓSTICO E A ORIENTAÇÃO INICIAIS SERÃO PRESTADOS NOS CTAS (CENTROS DE TESTAGEM E ACOMSELHAMENTO) QUE SERÃO EQUIPADOS COM “KITS” DIAGNÓSTICOS ESPECÍFICOS DESTINADOS AO RECONHECIMENTO DOS CASOS. A PARTIR DESTE RECONHECIMENTO DOS CASOS. OS PORTADORES SERÃO ENCAMINHADOS AOS CENTROS SECUNDÁRIOS DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO E ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA. III- AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA III A-HEPATITE B OS PORTADORES DE HEPATITE B DEVERÃO SER AVALIADOS: 1) AVALIAÇÃO LABORATORIAL GERAL E HEPÁTICA EM PARTICULAR (TRANSMINASES, ETC.); 2) MARCADORES SOROLÓGICOS: HBSAG, HBEAG, ANTIHBC, ANTIHBC IGM, ANTIHBC, ANTIHBS, DE ACORDO COM CADA CASO; 3)DETERMINAÇÃO POR BIOLOGIA MOLECULAR (PCR) DO HBV DNA QUANTITATIVO (CARGA VIRAL) 4) AVALIAÇÃO POR BIOPSIA HEPÁTICA DO ESTÁGIO E DO GRAU DE ATIVIDADE INFLAMATÓRIA DA DOENÇA. III A 1- HEPATITE B HBEAG POSITIVO REPRESENTA A FORMA MAIS FRENQUENTE DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DITO “SELVAGEM”. CARACTERIZA-SE PELA PRESENÇA DO HBEAG POSITIVO E A NEGATIVIDADE DE SEU ANTICORPO ANTI-HBE ASSOCIADO A UMA HEPATITE CRÔNICA CARACTERIZADA POR TRANSAMINASES ELEVADAS E UMA BIÓPSIA HEPÁTICA COMPATÍVEL. O OBJETIVO DO SEU TRATAMENTO É A CHAMADA “SEROCONVERSÃO” HBEAG / ANTIHBE ALÉM DE NORMALIZAÇÃO DAS TRASAMINASES E DA QUEDA DA CARGA VIRAL VISANDO À RESOLUÇÃO DA “HEPATITE” NA BIÓPSIA HEPÁTICA (NÃO É NECESSÁRIO REPETIR BIÓPSIA PARA ESTA CONSTATAÇÃO). O TRATAMENTO INDICADO É EM PRIMEIRA LINHA: ALFA INTERFERON 5.000.000 U NA ADMINISTRAÇÃO SUB-CUTÂNEA 6 VEZES POR SEMANA DURANTE 16 A 24 SEMANAS. - CHANCE DE SUCESSO = 30 A 40% - CHANCE DE SEROCONVERSÃO ESPONTÂNEA EM TORNO DE 15%. EXCEÇÕES: PACIENTES CIRRÓTICOS, COM FUNÇÃO HEPÁTICA COMPROMETIDA OU ALGUMA OUTRA CONTRA-INDICAÇÃO ABSOLUTA AO USO DO INTERFERON: DEPRESSÃO GRAVE, DOENÇA AUTOIMUNE, PLAQUETOPENIA ACENTUADO, NEUTROPENIA ACENTUADA, ETC. TRATAMENTO DAS EXCEÇÕES: NESTES CASOS DISPOMOS DOS ANTIVIRAIS (ANÁLOGOS NUCLEOS(T) ÍDEOS): LAMIVUDINA 100 OU 150MG, ADEFOVIR DIPIPOXIL 10MG, ENTECAVIR 0,5 MG, TENOFOVIR 300MG (APROVADO SÓ PARA HIV POSITIVOS). ESTAS DROGAS SÃO ALTAMENTE EFICAZES NO CONTROLE DA REPLICAÇÃO VIRAL, PORÉM O ÍNDICE DE RECIDIVA APÓS SUA SUSPENSÃO É TAMBÉM MUITO ALTO, PODENDO, NUM CERTO SENTIDO SEREM OLHADAS COMO VERDADEIRAS DROGAS “VIRUSTÁSTICAS”. SEU USO ESTÁ INDICADO QUANDO HÁ NECESSIDADE PREMENTE DE CONTROLE DA CARGA VIRAL, TAIS COMO NA DOENÇA AVANÇADA OU MUITO AGRESSIVA, NO PERITRANSPLANTE E PÓS TX A LONGO PRAZO. ESTA CATEGORIA DE DROGAS TEM COMO PRINCIPAL PONTO FRACO O FREQUENTE DESENVOLVIMENTO DE MUTAÇÃO, INDUZINDO RESISTÊNCIA ÀS MESMAS, PARTICULARMENTE NO CASO DA LAMIVUDINA ONDE ESTAS OCORREM EM TORNO DE 25 A 30% NO PRIMEIRO ANO, 40% NO SEGUNDO E > 60% NO TERCEIRO ANO DE USO. MONITORANDO COM TRANSAMINASES E CARGA VIRAL, QUANDO ELEVAÇÃO DAS MESMAS. O USO RACIONAL E CUSTO / EFETIVO DESTAS DROGAS DEVEM SEGUIR OS SEGUINTES CRITÉRIOS: A LAMIVUDINA 100 A 150MG POR DIA DEVE SER A DROGA DE ESCOLHA COMO TRATAMENTO INICIAL PARA PACIENTES NÃO RESPONDEDORES AO INTERFERON OU PARA AQUELES VIRGENS DE TRATAMENTO COM CONTRA-INDICAÇÃO PARA USO DO MESMO, DEVIDO A SUA RAPIDEZ DE AÇÃO E EFICÁCIA NO CONTROLE DE REPLICAÇÃO VIRAL, ALÉM DE SEU BAIXO CUSTO. ADEFOVIR DIPIVOXIL E / OU ENTECAVIR DEVEM SER DISPONIBILIZADOS PARA RESGATE DOS CASOS QUE SE TORNAREM RESISTENTES A LAMIVUDINA, COMO UM PRINCÍPIO GERAL. III A 2 – HEPATITE B ABEAG NEGATIVO (VÍRUS MUTANTE PRÉ-CORE) ESTA É A FORMA MAIS RESISTENTE AO TRATAMENTO. NESTES CASOS É ESSENCIAL A DETERMINAÇÃO DA CARGA VIRAL, POIS O MARCADOR SOROLÓGICO DE REPLICAÇÃO (HBEAG) ESTÁ “DELETADO” PELA MUTAÇÃO. UTILIZA-SE O PONTO DE CORTE DE 10.000 CÓPIAS DO HBV DNA COMO INDICADOR DE REPLICAÇÃO. AS INDICAÇÕES DE TRATAMENTO SEGUEM OS MESMOS PRINCÍPIOS DA INFECÇÃO PELO VÍRUS “SELVAGEM” OU SEJA: A) DETERMINAÇÃO DE REPLICAÇÃO VIRAL ATIVA: CARGA VIRAL> 10.000 CÓPIAS/ ML OU, B) TRANSAMINASES ELEVADAS OU, C) BIÓSPIA HEPÁTICA DEMOSNTRANDO HEPATITE ATIVA E ESTAGIO> II OU, D) EVIDÊNCIA DE DOENÇA EXTRA-HEPÁTICA. DIRETRIZES TERAPÊUTICAS A) NÃO HÁ DIRETRIZES CLARAS QUANTO AO USO DO INTERFERON CONVENCIONAL, PARTICULARMENTE QUANTO À DURAÇÃO DO TRATAMENTO PODENDO ESTE SER PROLONGADO POR 12 A 18 MESES. B) HÁ ESPAÇO PARA O PEG-INTERFERON, PORÉM AINDA NÃO HÁ EVIDÊNCIAS SÓLIDAS PARA SEU USO SISTEMÁTICO. C) O USO DE ANÁLOGOS NÚCLEOS(T) ÍDEOS DEVE SER FEITO COM CRITÉRIO BASEADO NAS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: 1) LAMIVUDINA-AÇÃO RÁPIDA E POTENTE SOBRE A CARGA VIRAL, PORÉM ALTO RISCO DE MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA E BAIXO CUSTO. 2) ADEFOVIR-AÇÃO LENTO E MENOS POTENTE SOBRE A CARGA VIRAL, PORÉM BAIXO RISCO DE MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA E ALTO CUSTO. 3) ENTECAVIR-AÇÃO RÁPIDA E POTENTE SOBRE A CARGA VIRAL, PORÉM COM BAIXO RISCO DE MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA E ALTO CUSTO. 4) TENOFOVIR-AÇÃO RÁPIDA E POTENTE SOBRE A CARGA VIRAL COM BAIXO RISCO DE MUTAÇÕES DE RESISTÊNCIA E ALTO CUSTO. III B-HEPATITE C A AVALIAÇÃO DA HEPATITE C SEGUE AS SEGUINTES DIRETRIZES: A) INDIVÍDUOS COM FATORES DE RISCO (EX. TRANSFUSÃO ANTERIOR A 1992), CANDIDATOS A DOADOR DE SANGUE OU PROCURA ESPONTÂNEA SERÃO ESCRUNTINADOS NOS BANCOS DE SANGUE OU CTA`S COM TESTE PARA ANTI-HCV POR ELISA DE SEGUNDA OU TERCEIRA GERAÇÃO. B) OS INDIVÍDUOS ANTI-HCV-POSITIVOS SERÃO ENCAMINHADOS AOS CENTROS SECUNDÁRIOS ONDE SOFRERÃO A SEGUINTE AVALIAÇÃO: - HCV-RNA QUANTITATIVO POR PCR +GENOTIPAGEM - BIÓPSIA HEPÁTICA SALVO CONTRA-INDICAÇÕES INTRANSPONÍVEIS OU CASOS EM QUE A INDICAÇÃO DO TRATAMENTO INDEPENDE DA DOENÇA HEPÁTICA, COMO NO CASO DE DOENÇA EXTRA-HEPÁTICA IMPORTANTE. - AS BIÓPSIAS HEPÁTICAS DEVERÃO SER “LIDAS” POR UM PATOLOGISTA TREINADO EM HEPATOLOGIA DE ACORDO COM AS DIRETRIZES DA CLASSIFICAÇÃO DE GAYOTTO E METAVIR EMANADA DAS SOCIEDADES BRASILEIRAS DE HEPATOLOGIA E DE PATOLOGIA. O TRATAMENTO ESTARÁ INDICADO NOS CASOS COM ESTÁGIO II (OU MAIS) SALVO QUANDO E/ OU F2 DEVIDAMENTE JUSTIFICADO PELO MÉDICO PRESCRITOR E APROVADO PELA COMISSÃO DE HEPATITES DA SES. O TRATAMENTO DA HEPATITE C SEGUIRÁ AS SEGUINTES DIRETRIZES A) OS PACIENTES PORTADORES DO GENÓTIPO 2 OU 3 ESTÁGIOS I E II SERÃO TRATADOS POR 24 SEMANAS COM ALFA-INTERFERON 3.000.000 U POR VIA SUB CUTÂNEA 3 VEZES POR SEMANA ASSOCIADO A RIBAVIRINA 500MG 2 VEZES POR DIA. AO TÉRMINO DO TRATAMENTO SERÁ REPETIDO O HCV RNA QUALITATIVO E SE NEGATIVO SERÁ REPETIDO 24 SEMANAS DEPOIS E SENDO NOVAMENTE NEGATIVO O PACIENTE SERÁ CONSIDERADO CURADO. SE POSITIVO O PACIENTE SERÁ RETRATADO COM PEG-INTERFERON TAMBÉM ASSOCIADO A RIBAVIRINA 500MG 2 VEZES POR DIA POR 24 SEMANAS OU 48 SEMANAS PARA OS CASOS DE ESTÁGIO III OU IV NA BIÓPSIA ORIGINAL. B) OS PACIENTES PORTADORES DE GENÓTIPO I DEVERÃO REALIZAR A DETERMINAÇÃO DA CARGA VIRAL (HCV RNA QUANTITATIVO) E TRATADOS COM PEG-INTERFERON ALFA-2A 180MCG OU AKLFA-2B 1,5 MG POR KG DE PESO ASSOCIADO A RIBAVIRINA 1000MG A 1250MG/DIA POR 48 SEMANAS. NOS CASOS F3 E F4, SERÁ UTILIZADO O IFN PEGUILADO MAIS RIBAVIRINA POR 24 SEMANAS. EM CASOS DE NÃO RESPONDEDORES, NÃO SERÁ OFERECIDO O RE-TRATAMENTO. AOS RECIDIVANTES, SERÁ ENCAMINHAMENTO A COMISSÃO DE HEPATITES PARA AVALIAÇÃO. A CARGA VIRAL DEVERÁ SER REPETIDA NA SEMANA 12 DO TRATAMENTO. HAVENDO UMA QUEDA IGUAL OU SUPERIOR A 2 LOGS O TRATAMENTO SERÁ CONTINUADO ATÉ A SEMANA 48 QUANDO DEVERÁ SER REALIZADO O HCV RNA QUALITATIVO. SE NEGATIVO, SERÁ REPETIDO NA SEMANA 72 E SE NEGATIVO NOVAMENTE O PACIENTE SERÁ CONSIDERADO CURADO. SE O TESTE NA SEMANA 12 REVELAR UMA QUEDA INFERIOR A 1 LOG O TRATAMENTO DEVERÁ SER INTERROMPIDO POR SER INEFICAZ. SE A QUEDA FOR MAIOR QUE 1 PORÉM MENOR QUE 2 LOGS O TRATAMENTO PODERÁ CONTINUAR A SEMANA 24 QUANDO SERÁ REALIZADO O HCV RNA QUALITATIVO QUE SE O POSITIVO INDICA A INEFICÁCIA DO TRATAMENTO E PORTANTO A INTERRUPÇÃO DO MESMO. SE NEGATIVO O TRATAMENTO PODERÁ SER ESTENDIDO ATÉ A SEMANA 48 OU ATÉ 72 SEMANAS (MEDIANTE DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA COMISSÃO) POR PODER TRATAR-SE DE UM “RESPONDEDOR LENTO”. NESTES CASOS, NOVO HCV RNA SERÁ REALIZADO NA SEMANA 96 PARA DEFINIÇÃO DA CURA OU NÃO DA DOENÇA. C) DE ACORDO COM OS ESTUDOS INTERNACIONAIS PUBLICADOS OS PEG-INTERFERONS EXISTENTES NO MERCADO, ALFA-2A E ALFA 2B SÃO CONSIDERADOS IDÊNTICOS, NÃO SE RECOMENDADO ENTRETANTO A TROCA DOS MESMOS DURANTE O TRATAMENTO.SEGUINDO ESTE PRINCÍPIO E POR RAZÕES ECONÔMICAS ESTRATIFICAREMOS OS PACIENTES PELO PESO DA SEGUINTE MANEIRA: - PACIENTES COM ATÉ 70 KG SERÃO TRATADOS COM PEG-INTERFERON ALFA-2B 80MCG POR SEMANA ASSOCIADO A RIBAVIRINA 500MG 2 VEZES POR DIA. - PACIENTES ACIMA DE 70 KG SERÃO TRATADOS COM PEG-INTERFERON ALFA-2A 180MCG POR SEMANA ASSOCIADO A RIBAVIRINA 500MG 2 VEZES POR DIA. DEFINIÇÃO DE RESPOSTAS QUANTO ÀS RESPOSTAS TERAPÊUTICAS OS PACIENTES TRATADOS SERÃO ASSIM CLASSIFICADOS: A) RESPONDEDORES-AQUELE QUE APRESENTAR HCV RNA QUALITATIVO NEGATIVO 6 MESES APÓS TÉRMINO DO TRATAMENTO= RESPOSTA VIROLÓGICA SUSTENTADA=CURA. B) RECIDIVANTES-AQUELES QUE APRESENTAREM HCV RNA QUALITATIVO NEGATIVO AO FIM DO TRATAMENTO POÉM VOLTAREM A POSITIVAR APÓS O TÉRMINO. C) NÃO RESPONDEDORES-AQUELES QUE NUNCA NEGATIVAM O HCV RNA DURANTE O TRATAMENTO. RE-TRATAMENTO O RE-TRATAMENTO, BASEADO EM DADOS PUBLICADOS, NA LITERATURA NACIONAL E INTERNACIONAL SERÁ OFERECIDO ÀQUELES PACIENTES COM CHANCE DE RESPOSTA, AO MENOS DE 20%, COM INTERFERON PEGUILADO POR 24 OU 48 SEMANAS DE ACORDO COM O CASO, POR DECISÃO DA COMISSÃO. ESTE TRATAMENTO ERA OFERECIDO AOS PACIENTES REICIDIVANTES OU NÃO RESPONDEDORES AO TRATAMENTO INICIAL COM INTERFERON CONVENCIONAL EM MONOTROPIA OU ASSOCIADO A RIBAVIRINA. OS PACIENTES QUE TIVEREM FALHA AO INTERFERON PEGUILADO+RIBAVIRINA TÊM UMA CHANCE DE RESPOSTA MUITA PEQUENA (<20%)>F3) OU CIRROSE. ESTA DECISÃO FICARÁ A CARGO DA COMISSÃO OBJETIVANDO A INIBIÇÃO DA PROGRESSÃO DA FIBROSE E/OU DESENVOLVIMENTO DE HEPATOCARCINOMA EM CIRRÓTICOS. CADA CASO SERÁ ANALISADO INDIVIDUALMENTE. O USO DA RIBAVIRINA NAS DOSES USUAIS DO TRATAMENTO PODER SER INDICADO EM PACIENTES COM CONTRA-INDICAÇÕES AO USO DO INTERFERON OU AINDA PARA AQUELES QUE NÃO RESPONDERAM OU RECIDIVARAM APÓS FINAL DE TRATAMENTO E QUE NÃO TENHAM INDICAÇÃO DE RE-TRATRAMENTO. TRATAMENTO DA CO-INFECÇÃO HIV-HCV OBSERVA-SE UM NÚMERO CRESCENTE DE PACIENTES CO-INFECTADOS HIV-HCV, PRINCIPALMENTE EM REGIÕES ONDE A FORMA DE CONTAMINAÇÃO SEJA PREDOMINANTEMENTE ATRAVÉS DO USO DE DROGAS ILÍCITAS, SOBRETUDO NAS FORMAS ENDOVENOSAS. NO BRASIL ESTA PREVALÊNCIA VARIA DE 14 A 54%. NÃO HÁ DADOS DISPONÍVEIS AINDA PARA PERNAMBUCO. PELA AGRESSIVIDADE DA DOENÇA HEPÁTICA OBSERVADA NOS PACIENTES HIV-POSITIVOS O TRATAMENTO DO HCV PARECE PREMENTE. OS PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA TRATAMENTO SÃO: A) CONTAGEM TOTAL DE CD4 ENTRE 50 E 500 POR MM3 COM CARGA VIRAL DO HIV<> 500MM3, COM QUALQUER CARGA VIRAL. C) CONFIRMAÇÃO HISTOLÓGICA DE LESÃO HEPÁTICA COMO DE PROVÁVEL ETIOLOGIA VIRAL, DEVENDO DER EXCLUÍDAS OUTRAS CAUSAS, COMO AS HEPATOTOXICIDADES A DROGAS. D) NO QUE CONCERNE AO ESTADIAMNETO OBSERVADO NA BIOPSIA HEPÁTICA COMO INDICADOR DE TRATAMENTO, HÁ CONTROVÉRSIAS SOBRE SE QUALQUER GRAU OU ESTÁGIO DEVERIA SER INDICATIVO DE TRATAMENTO OU APENAS NOS CASOS > OU= A /F1. ESTA DECISÃO DEVERÁ SER INDIVIDUALIZADA. E) O TRATAMENTO DE ESCOLHA SERÁ O INTERFERON PEGUILADO POR 48 SEMANAS INDEPENDENTE DO GENÓTIPO DO VÍRUS DA HEPATITE C, ACRESCIDO DE RIBAVIRINA NAS DOSES HABITUAIS. F) NESTA POPULAÇÃO HÁ RISCO AUMENTADO DE DESENVOLVIMENTO DE EFEITOS COLATERAIS DAS MEDICAÇÕES UTILIZADAS E OS FATORES DE CRESCIMENTO ACIMA RELACIONADOS TEM PREMENTE INDICAÇÃO. G) A REGRA DAS 1 SEMANAS COMO ENUNCIADA ACIMA PODERÁ SER UTILIZADA. H) O ESQUEMA HAART DEVE DER MODIFICADO CASO ESTEJA EM USO A DIDANOSINA OU O DAT, CUJAS INTERÇÕES COM A RIBAVIRINA PODEM SER FATAIS PELO DESENVOLVIMENTO DE ACIDOSE LÁCTICA. NEVIPARINA E EFAVIRENZ, PRINCIPALMENTE O PRIMEIRO, CASO EM USO, RECOMENDAM MONITORAÇÃO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS FREQUENTES, POIS PODEM SER EXTREMAMENTE HEPATOTÓXICOS. TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HCV APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO OS PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE HEPÁTICO POR CIRROSE SECUNDÁRIA A INFECÇÃO CRÔNICA PELO HCV QUE NÃO CONSEGUIRAM CLAREAR O VÍRUS NO PRÉ-TRANSPLANTE APRESENTARÃO UNIVERSALMENTE VIREMIA NO PERÍODO POS –TRANSPLANTE. A RE-INFECÇÃO HEPÁTICA COM PROGRESSÃO PARA HEPATITE CRÕNICA OCORRE EM 35 A 80% DOS PACIENTES E SUA EVOLUÇÃO PARA CIRROSE É MAIS ACELERADA QUE NOS PACIENTES IMUNOCOMPETENTES. A DESCOMPENSAÇÃO DA CIRROSE NESTES PACIENTES TAMBÉM SE APRESENTA MAIS RÁPIDA E MAIS GRAVE QUANDO COMPARADA COM OS PACIENTES NÃO-TRANSPLANTADOS. DESTA FORMA JULGA-SE DE FUNDAMENTAL IMPORTÃNCIA O TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO HCV NOS TRANSPALNTADOS DE FÍGADO, OBSERVANDO-SE: A) O TRATAMENTO ESTÁ BEM INDICADO EM CASOS DE HEPATITE COLESTÁTICA FIBROSANTE OU NA RECORRÊNCIA AGUDA GRAVE. B) NÃO ESTÁ INDICADO O TRATAMENTO PRÉ-EMPTIVO. C) NÃO ESTÁ INDICADA A REGRA DAS 12 SEMANAS. D) HAVENDO CONFIRMAÇÃO NA BIÓPSIA HEPÁTICA DE LESÃO PELO VÍRUS, INDEPENDENTE DE SUA INTENSIDADE, HÁ INDICAÇÃO DE TRATAMENTO. E) A DROGA DE ESCOLHA É O INTERFERON PEGUILADO EM ASSOCIAÇÃO COM A RIBAVIRINA NAS DOSES HABITUAIS POR UM PERÍODO MÍNIMO DE 48 SEMANAS, PODENDO SER ESTENDIDO ATÉ 72 SEMANAS, A CRITÉRIO DO MÉDICO-ASSISTENTE. F) NESTA POPULAÇÃO HÁ RISCO AUMENTADO DE DESENVOLVIMENTO DE EFEITOS COLATERAIS DAS MEDICAÇÕES UTILIZADAS E OS FATORES DE CRESCIMENTO ACIMA RELACIONADOS TÊM PREMENTE INDICAÇÃO. G) NÃO EXISTE CLARA REECOMENDAÇÃO PARA O USO DE INTERFERON NO TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO DE PACIENTES NÃO-RESPONDEDORES OU RECIDIVANTES NESTA POPULAÇÃO. ESTA DECISÃO FICARÁ A CARGO DA COMISSÃO OBJETIVANDO A INIBIÇÃO DA PROGRESSÃO DA FIBROSE E NECESSIDADE DE RETRANSPLANTE. CADA CASO SERÁ ANALISADO INDIVIDUALMENTE. Fonte: SECRETARIA ESTADUAL DE SAUDE DE PERNAMBUCO COORDENADORIA DE HEPATITES - Comunicação pessoal no ano de 2005

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